sexta-feira, 28 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
A Capela dos Ossos
A já um tanto suspeita inscrição:
Construída por franciscanos no século XVI com mais ou menos 5 mil crânios e outros “materiais” recolhidos nas igrejas e cemitérios da cidade, a fim de servir “de consolação a uns e de notícia à curiosidade doutros”. Para refletir sobre a efemeridade da condição humana, 2 módicos euros (1 pra estudantes).
Aonde vais, caminhante, acelerado?
Pára... não prossigas mais avante;
Negócio, não terás mais importante
Do que este, à tua vista apresentado.
Recorda quantos desta vida têm passado
Reflecte em que terás fim semelhante!
Que para meditar, causa é bastante
Terem todos mais nisto pensado.
Pondera que influído dessa sorte
Entre negociações do mundo tantas
Tão pouco consideras na da morte;
Porém, se os olhos aqui levantes
Pára... porque em negócio deste porte,
Quanto mais tu parares, mais adiantas
As caveiras descarnadas
São a minha companhia
Trago-as de noite e de dia
Na memória retratadas;
Muitas foram respeitadas
No mundo, por seus talentos,
E outros vãos ornamentos.
Que serviram à vaidade,
E talvez... na Eternidade
Sejam causa de seus tormentos!
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Os vizinhos
Apesar da primeira impressão, não precisa de muito tempo pra perceber que um animal desse tamanho que vive preso numa corrente de 3 metros, numa casinha fria, sem sair nunca, totalmente sozinho o tempo inteiro, cuja diversão se reduz a tomar sol e atacar aquele plástico azul, não é mal-humorado, é infeliz.
O gato...
Que entende a situação, e até simpatiza.
E é solidário. A uma distância segura, por supuesto.